Porquê?
Porque é que estás tão perto, mas tão longe?
Porque é que tenho tanto de ti, e não tenho nada?
Porque é que gosto tanto de ti, mas não gosto?
Porque é que te quero tanto, e não te quero?
Porque é que és meu, mas não por completo?
Porque é que és a razão do meu sorriso, e me fazes chorar?
Porque é que é tão bom, e dói tanto?
Tantas dúvidas, tantas perguntas que aparentemente não têm uma resposta.
Foste embora e pensei que tivesses levado contigo tudo o que sentia, que tivesses levado contigo uma história escrita a dois, mas rapidamente percebi que isso não passou de uma ilusão. O sentimento não desapareceu, foi apenas camuflado por outros acontecimentos e a história, essa continuou a ser escrita... a dois! Continuou e continua, agora mais do que nunca...
Sabes? Nem consigo escrever, ou dizer o que me vai no coração, faltam-me as palavras ou se calhar só não sei como usá-las. Bem, mas essa sempre foi uma característica tua, deixar-me sem palavras.
Tentei fingir que não percebia, tentei negar a mim mesma e aos outros o que sentia, mas não fui capaz.
É evidente o que sinto, e tu sabes bem disso. Sabes aquele sorriso com que me deixas? Aqueles olhares que só nós percebemos? E aquelas brincadeiras tão parvas, mas tão cúmplices? Eu sei, que sim e também sei que gostas tanto delas como eu é tudo tão nosso, é um mundo tão bom e tão a parte deste em que vivemos... Mas porque é que não o podemos trazes para este em que vivemos, já que é tão bom? Pois, também não entendo.
Porque é que me dás tantas certezas e me deixas com tantas dúvidas ao mesmo tempo?
Porque é que deixas a minha cabeça nesta confusão que acabei de escrever?
Porquê?
